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13 de dez. de 2009

Como a Rádio Nacional influenciou o SBT

Na época em que o rádio era o grande veículo de comunicação de massa do Brasil, cabia à Rádio Nacional do Rio de Janeiro a honra de ser a maior e mais respeitada emissora daquela que era a capital federal. Seus programas de auditório, de calouros, telenovelas, humorísticos, jornais e transmissões esportivas lideravam a audiência e traziam grande repercussão. Já naquele tempo, rádio-atores, animadores e cantores eram grandes estrelas e seus rostos estampavam reportagens da Revista do Rádio, atiçando a curiosidade dos fãs (e especialmente das fãs) que lotavam auditórios para vê-los.

Nessa época, Silvio Santos, ainda garoto no Rio de Janeiro, às voltas com seu ofício de camelô, de onde tirava a féria do dia, os concursos de locução e outros bicos ligados a vender coisas e usar a voz, era apenas um ouvinte de rádio. Mas um ouvinte dos mais antenados. Tinha seus preferidos.

Um deles era César de Alencar, que comandava o mais prestigiado show de auditório, que levava seu nome, nas tardes de sábado da Nacional, com diversas variedades e música. A cantora Emilinha Borba (que depois Silvio Santos teria o privilégio de homenagear entregando um Troféu Imprensa honorário) era figurinha carimbada no programa. Silvio confessou mais tarde que seu estilo de animador foi muito influenciado por César de Alencar. Aliás, na televisão, César de Alencar foi o primeiro animador a pendurar o microfone no pescoço, no programa Rádio Televisado, da TV Rio, seguido por muitos artistas, inclusive Silvio Santos, que tornou esta a sua marca registrada até hoje.

Muitos elementos do estilo de Silvio Santos são herança do rádio, embora grande parte disto tenha se diluído conforme a televisão encontrava sua própria linguagem. Sobram ainda alguns resquícios. Por exemplo, o método como evoca a participação das "macacas de auditório" (termo que foi criado na época de ouro dos auditórios da Nacional), instigando-as a responder suas frases e a participar de pequenos jogos. Um outro aspecto diretamente relacionado à rádio eram os jingles cantados pela orquestra e coral do Programa Silvio Santos (em vez de Detefon, Melhoral, Phomatosan e Pílulas de Vida do Dr. Ross dos anos 50, eram anunciados os Sequilhos Seven Boys, Atroveran, Maracugina e as Lojas Buri) e os reclames lidos por Lombardi, que atuava como locutor comercial no palco do programa enquanto era exibido um slide (na verdade, a câmera focalizava um cartaz com foto do produto), algo totalmente arcaico e fora do padrão "moderno" de publicidade, que consiste em uma daquelas licenças que somente Silvio Santos é capaz de ter e fazer.



A Rádio Nacional transmitiu na sua época áurea a radionovela O Direito de Nascer, um texto cubano de Félix Caignet que se tornou um marco do gênero no Brasil. A história foi tão marcante que ganhou duas versões para TV pela Tupi. Quanto ao SBT, exibiu em 1983 a versão mexicana, produzida pela Televisa, e em 2001 foi a vez de um remake brasileiro produzido pela JPO, com direção de Roberto Talma, e que estava engavetado desde 1997.

Mas não foi a única novela com raízes na Nacional que o SBT exibiu. Entre 1984 e 1985, Jerônimo, o Herói do Sertão, dirigida por Antonino Seabra, era a versão televisiva do texto de Moysés Weltman escrito para uma radionovela da Nacional do Rio de Janeiro, ida ao ar em 1953.



A Nacional tinha uma promoção chamada A Felicidade Bate à Sua Porta, patrocinado pelo sabão, pasta e cera Cristal, que levava o locutor Heber de Bôscoli e a cantora Emilinha Borba às ruas do Rio de Janeiro. Heber ia à uma casa sorteada no palco da Rádio pela apresentadora Yara Salles, premiava os moradores que tinham produtos da marca Cristal e brindava a vizinhança com um "pocket-show" de Emilinha Borba (não existia a expressão na época, mas era exatamente isso o que acontecia), que levava todos à loucura. Fãs enlouqueciam e a força da massa investindo em direção aos artistas era dificilmente contida pelos seguranças. Não faltavam muros, vidros e vasos quebrados no meio de tanta euforia mas tudo valia a pena, tanto para o público quanto para os artistas.

Nos anos 70 existia no Programa Silvio Santos uma promoção do Baú da Felicidade denominada Visita da Felicidade. Os ganhadores eram sorteados por Léo Santos e visitados pelo polivalente Ademar Dutra. Nos anos 90, essa promoção foi resgatada e, depois, rebatizada com o nome usado pela Nacional. Luis Ricardo comandava A Felicidade Bate à Sua Porta, levando um caminhão baú lotado de móveis e eletrodomésticos para um cliente da empresa sorteado. E se o freguês estivesse em dia com as mensalidades, ainda levava um Uno Mille zerinho, zerinho.



A Felicidade Bate à Sua Porta na versão do SBT também tinha um show, feito em praça pública com artistas populares e apresentado por Luis Ricardo. Toda semana a urna gigante (um caminhão baú gigante da Granero Transportes) levava cupons para alguma cidade diferente do Brasil. E diante dele era montado o palco do show. Um compacto era exibido dentro do Show de Prêmios, quadro do Programa Silvio Santos.

A Nacional tinha também um programa chamado Gente que Brilha, apresentado por Paulo Roberto, em que eram homenageados artistas da própria rádio. Provavelmente, paralelos desse programa poderiam ser traçados com o famoso quadro Esta é a Sua Vida, dos programas de J. Silvestre, ou o Arquivo Confidencial, do Domingão do Faustão. O SBT relançou o Gente que Brilha com o veterano Blota Jr. em 1996, programa que chegou a trazer George Harrison para homenagear Emerson Fittipaldi.



Anos depois, Silvio Santos comandou um programa com o mesmo nome, mas que não tratava de famosos e sim de aspirantes. Era uma versão repaginada do lendário Show de Calouros de Silvio Santos, quadro que, evidentemente, também encontra suas raízes nos concursos organizados e apresentados em todas as rádios dos velhos tempos.

Estas são algumas das referências e curiosidades que podemos encontrar entre a Rádio Nacional (e também o rádio, em geral), Silvio Santos e o SBT.

Para saber mais, leia Almanaque da Rádio Nacional, de Ronaldo Conde Aguiar, da editora Casa da Palavra.

O Mensageiro da Alegria

Levy Fioriti, da Página do Silvio Santos, lançou em homenagem a Silvio Santos um emocionante vídeoclipe com grandes cenas do apresentador. O vídeo, que contou com cenas do acervo do Baú do Silvio, foi reconhecido e elogiado pelos dirigentes do Grupo Silvio Santos.

Emocione-se você também com estas imagens

12 de dez. de 2009

Parabéns, Silvio Santos!

SILVIO SANTOS, O HOMEM-SORRISO DA TV BRASILEIRA

Silvio Santos é o maior comunicador da história da televisão brasileira. Se é difícil encontrar alguém que não goste dele, é impossível achar quem não respeite sua trajetória, de garoto camelô que, graças a um talento úmico para se comunicar, ergueu um grupo empresarial que investe em televisão, varejo, financeiras, seguradoras, cosméticos, hotelaria e muito mais.

O Silvio que o Brasil aprendeu a gostar é o animador de auditório. E explicar o segredo de seu sucesso não é tarefa simples. Seu carisma é uma combinação de diversos fatores, dos quais a voz é talvez o traço mais marcante. Mas é pouco para entender o motivo de o público, tanto em casa como no auditório, se sentir tão íntimo do apresentador. Tanto carinho que já o fez querer ser Presidente do Brasil para tentar retribuir.

Silvio Santos estreou na televisão aos 32 anos, em 1962. O Programa Silvio Santos passou pelas emissoras TV Paulista, Globo, Tupi, Record de São Paulo, TVS do Rio de Janeiro e SBT, chegando a ter mais de 10 horas de duração, ao vivo, e foi líder absoluto de audiência desde fins dos anos 60 até 1989. Domingo sem Silvio Santos não é domingo, e o Homem-Sorriso da Televisão (apelido que ganhou nos anos 60) foi homenageado pelos Titãs na música "Domingo", consagrando-o como ícone da cultura popular.

O Homem do Baú tem uma centelha única e, apesar de imitado, não encontra sucessores. Traz o estilo de velhos nomes da velha guarda dos tempos do rádio, como César de Alencar, mas sempre atualizado. Silvio não envelhece nunca, é sempre o mesmo. Brinca, ri, improvisa e surpreende. Algumas peripécias não são mais possíveis devido a idade, como descer por uma corda de um helicóptero para dentro de um barco (como fez no Sinos de Belém, nos anos 70), descer de tobogã (Show de Prêmios, em 1990), cair num tanque com água (Topa Tudo por Dinheiro, 1992) ou carregar uma colega de trabalho nas costas (Topa Tudo por Dinheiro, final dos anos 90), mas ainda faz muitas maluquices que estão a seu alcance. Neste ano, por exemplo, bateu no teto do estúdio com uma vassoura para tirar dinheiro que jogara e ficou preso, e ergueu no colo uma moça (magrinha) do auditório para examinar seu peso.

Uma característica que só Silvio Santos tem é a capacidade de conseguir tirar o maior barato da pessoa e ela não ficar ofendida. Há uma liberdade muito grande entre Silvio Santos e suas colegas de trabalho. As brincadeiras mais picantes não são vistas com malícia, pois Silvio não as emprega por maldade. Mas Silvio também fala sério, e da vida, sem rodeios, compartilhando os problemas de quem vai a seu programa. Numa ocasião, na Porta da Esperança, uma mulher desejava ganhar um tratamento para uma dor na coluna. Silvio disse que também sofria desse problema e trocou experiências por longos minutos com a participante, como se fossem dois vizinhos papeando no portão. Até que acabou revelando que ela ganharia consultas com o próprio médico que o tratou.

E adora fazer o papel de escada (aquele humorista que dá as deixas para que o outro faça as piadas). Nos anos 80, foram clássicos os momentos no Show de Calouros em que Sergio Mallandro deitou e rolou após ser provocado por Silvio. Mas Silvio não deixava por menos e também tirava um sarro da cara do Mallandro. Tudo sem script, no improviso. Atualmente, Silvio encontrou em Livia Andrade uma parceira cara-de-pau ideal para as gozações. Outras vítimas de brincadeiras são os parceiros de longa data Roque, que organiza as caravanas e cuida do auditório, e Lombardi, o eterno locutor do programa, falecido recentemente e que deixou muitas saudades.

Ele diz e faz coisas que nenhum outro apresentador teria coragem de dizer. Como quando recebeu Roberto Carlos em 1992, no Troféu Imprensa, examinou suas correntes e pulseiras e, ao final, disse ao Rei da Música Popular: "saia por ali, mas não vire à esquerda, senão vai entrar no banheiro!". Essa espontaneidade permite a Silvio ser um apresentador completo. Em quase 50 anos de carreira na TV, apresentou concursos, jogos, programas infantis, musicais, debates, entrevistas, consultório sentimental, programas de namoro e reality show. Provavelmente, só não narrou futebol nem apresentou noticiário.

Talvez um pouco do que foi dito aqui seja capaz de explicar em parte por que Silvio Santos se tornou uma das maiores personalidades do Brasil. Hoje, no dia em que completa 79 anos, nós lhe desejamos muitas felicidades e saúde para que continue alegrando os nossos domingos!

8 de dez. de 2009

O amigo Lombardi

Uma das idéias que eu pretendia lançar neste blog era uma brincadeira mais ou menos assim: "por que você gostaria de ser o Silvio Santos?"

Provavelmente diriam que gostariam de ser para ter dinheiro, ou para jogá-lo ao auditório, ou para poder tirar sarro das pessoas sem que elas se irritem (Silvio Santos tem esse dom)... enfim, são inúmeras as respostas possíveis.

A minha seria: eu gostaria de ser o Silvio Santos para ter um Lombardi.

Você certamente já foi a uma festa chata ou a algum lugar onde não tinha ninguém legal para conversar. Que bom seria se eu tivesse um Lombardi ali na hora, para puxar assunto e contar anedotas enquanto o tempo passa!

Ou no meio da roda de conversa, o assunto está acabando e você pressente que em breve irá se dar um desagradável silêncio sepulcral. Para resolver, bastaria chamar o Lombardi, pedir para ele falar alguma coisa e logo o papo retomaria, animado.

E naquela hora em que a conversa está ficando embaraçosa e constrangedora, ou então quando você acabou de cometer um baita mico e todos estão olhando para sua cara? A solução é gritar "vai, Lombardi", e ele certamente dirá alguma coisa que poderá aliviar a sua barra e ajudar a mudar rapidamente de assunto.

Eu não conheci o Lombardi, o locutor. O lendário escudeiro de Silvio Santos, com quem trabalhou por quatro décadas, sempre narrando os prêmios, os resultados das gincanas, os números sorteados, os reclames publicitários e brincando com o Homem Sorriso da TV, sem se importar em não aparecer nem em ficar famoso ou milionário.

Toda vez que Silvio chamava, fosse para o que fosse e quando fosse, o Lombardi respondia prontamente, e entrava na brincadeira. Ele nunca deixava o Silvio na mão.

É por isso que imaginei o quão interessante seria ter um amigo que agisse como o Lombardi agia na televisão. Alguém que está sempre de prontidão para quando você precisa de uma conversa, de uma palavra, de um conselho. Aquele para quem você pede opiniões e que age até como secretário, pois você o consulta para ficar por dentro das informações. Capaz de sugerir o melhor remédio para gripes e resfriados, o melhor tênis anti-microbiel e a melhor butique para comprar muamba e tomar um guaraná em Nova Iorque.

É um cara tão legal que você faz questão de levá-lo para onde você for. Ele pode até ficar calado o dia inteiro, só observando, mas quando você o chama, ele atende imediatamente, e diz a palavra certa para aquele momento. Ele tem o mesmo timing que você tem.

Esse amigo não se importa em ficar de lado às vezes. Não sente ciúmes de seus outros amigos, namorada, esposa, filhos etc. Sabe que tem o lugar dele, que é cativo, e que nunca irá perder.

Quem o vê sempre do seu lado tão atencioso pode achar que se trata de um empregado, ou então, maliciosamente, cogitar um romance entre "dois viadinhos". Mas não é nada disso. São apenas dois grandes amigos, que se conhecem muito bem e há muito tempo, se gostam e se admiram.

Tudo isso não passaria de um texto bem-humorado em que a interação entre um animador de televisão e seu locutor é transposta para o mundo "real" e adaptada numa relação ideal de amizade. Mas esse Lombardi não existe mais. Morreu no dia 2 de dezembro, e só então o público descobriu não só sua verdadeira identidade, mas seu verdadeiro caráter. O que fazia e como agia fora da televisão.

Um amigo Lombardi eu não tive. Mas Silvio Santos teve, e vai sentir muita falta dele. E nós de vermos essa amizade todos os domingos pela televisão.

Texto publicado originalmente no meu blog Transcendentes.

3 de dez. de 2009

Lombardi, uma voz do Brasil

Locutor do SBT tinha voz de veludo, empostada, dicção perfeita, narrava como nos antigos programas de rádio

texto de Edmundo Leite, do estadao.com.br

SÃO PAULO - Num tempo que todos podem ser locutores, com seus próprios programas gravados em podcasts ou em vídeos no Youtube, nada podia ser mais anacrônico que uma voz de veludo, empostada, com a dicção perfeita, narrando como há 50 anos nos antigos programas de rádio. Não no SBT. Tem coisas que só no SBT pode. Uma delas era o Lombardi.

Onde mais seria possível ouvir sem se aborrecer alguém anunciando produtos - de carnê de compras, títulos de capitalização e cosméticos aos prêmios para os participantes: "...um lindo refrigerador, uma casa e um carro zero quilômetro!" - sem a informalidade artificial de telemarketing que impera nos merchandisings que proliferam nos programas de TV?

Na contramão de tudo o que é considerado moderno e cool, Lombardi interagia com o patrão de voz tão inconfundível quanto à dele com uma entonação grandiloquente, mas ao mesmo alegre e simpática, sobretudo nas últimas palavras da frase, onde era possível até escutar um sorriso.

Nada de falar como o público alvo, mas sim para o público alvo. A praga disseminada pelos entendidos em comunicação e que faz aberrações como senhores de cabelos brancos ou tingidos gritarem "e aí galeraaa!" na tentativa de conquistar um público jovem não tinha lugar nas narrações desse locutor que era uma das caras do SBT, mesmo que sua cara nunca aparecesse.

Por vários anos, Lombardi foi um dos maiores mistérios da TV brasileira. Por estratégia de Silvio Santos - mestre da comunicação e em criar lendas - criou-se uma aura em torno do locutor. Suas aparições públicas eram proibidas por contrato, dizia-se. A curiosidade para quem assistia pela TV era ainda maior quando Silvio resolvia conversar um pouco mais com o locutor olhando para o canto do palco onde Lombardi estava sem que as câmaras fizessem o mesmo. O privilégio de conhecer o rosto da lenda era só das companheiras de auditório, que ao contar a experiência de ir aos programas sempre ressaltavam que tinham visto o Lombardi.

De uns tempos para cá, a proibição - real ou não - deixou de existir e Lombardi deu as caras por aí, em algumas entrevistas para jornais e TV. Mesmo com o fim do mistério, a voz que se tornaria inconfundível nas mais de quatro décadas em que esteve nos programas de Silvio Santos não perderia seu carisma.

Era um prato cheio para comediantes e imitadores, já que o patrão é um dos personagens preferidos dos humoristas e, como todos sabem, imitação do Silvio que se preze tem que ter o Lombardi como complemento.

Claro que dá para imaginar Silvio Santos sem Lombardi, como é claro que o Homem do Baú seria o mesmo Silvio Santos mesmo que Lombardi não tivesse surgido no seu caminho. O mesmo talvez não acontecesse com Lombardi se Silvio não tivesse surgido na vida do locutor. Mas Silvio certamente deverá sentir saudades de dizer - e nós de ouvir - "É com você, Lombardi!"

2 de dez. de 2009

Lombardi.


1940-2009


Durante 44 anos, Lombardi foi a voz oficial do Programa Silvio Santos. Essa voz deixará saudades.

“O SBT é a continuidade do meu lar. Respiro SBT. Amo essa emissora que só me traz felicidade e momentos especiais. Só tenho a agradecer a Deus pela voz que me deu e ao Silvio Santos pela oportunidade de fazer parte desta casa, onde tenho grandes amigos e grandes histórias.”

REPERCUSSÃO
Personalidades da televisão lamentam a perda de Lombardi

Hoje eu não viria gravar porque é um dia muito triste pra mim, mas, em respeito a vocês, estou aqui e não quero passar essa tristeza pra vocês
SILVIO SANTOS, falando com o auditório no fim da gravação do programa

Um dos dias mais tristes para o SBT e os SBTistas. Vamos sentir muitas saudades do nosso amigo. Um dos nossos melhores amigos. Não temos o que falar... O nosso coração está apertado com o ocorrido. Lombardi não era apenas um colega, ele era amigo. Faz parte da nossa história... da família SBT. Triste pensar em não escutar a voz dele nos programas ou andando pela praça do SBT
DANIELA BEYRUTI, Diretora Geral do SBT

O SBT não perdeu um locutor, mas um filho da casa, alguém que convivi por 40 anos, diariamente. Um cara alegre, educado, que sempre botava as pessoas para cima. Não quero ir ao velório, porque não quero ver mais tristeza
ROQUE

Um profissional querido por todos não só aqui no SBT, mas no Brasil afora. Com certeza ele foi o locutor mais popular e imitado de todos os tempos. As tardes do nosso domingo não serão as mesmas sem a sua voz.
RATINHO

Foi um colega extraordinário e que me abriu as portas no mundo do rádio. Nos conhecíamos há mais de 30 anos
GUGU LIBERATO

Trabalhei com ele em todos os programas do Silvio. Fizemos o Topa Tudo Por Dinheiro, Show do Milhão, Porta da Esperança e tantos outros. O Lombardi era um cara brincalhão, amigo, muito religioso, louco pelo Palmeiras
WALTER WANDERLEY, Diretor do Domingo Legal

É com você, Lombardi. Vai ficar para a história da TV
LUCIANO HUCK

Triste. Perdi um grande amigo. Pessoa digna e de uma extrema bondade. Sempre me ajudou. Ele sempre me incentivou nos momentos difíceis, me pedindo garra, paciência, perseverança... e ele nos deixou. Se a gente soubesse que a pessoa ia partir, a gente ia chegar lá, falar um monte de coisa, abraçar. Mas ele se foi assim, dormindo. Vai com Deus, amigo
CELSO PORTIOLLI

Numa hora dessas, é difícil pra caramba. Fui um dos poucos que teve o privilégio de falar: 'É com você Lombardi!'
LUIS RICARDO

O Lombardi era um homem queridíssimo. Boa praça, um cara legal. A importância dele é total, um caso único na televisão. Trabalhou a vida inteira só com a voz. Acho que muitos locutores imitaram o Lombardi. Ele foi o maior locutor do Brasil
CANARINHO

Era uma pessoa muito boa e educada. Sou são-paulino e ele, palmeirense. Até as piadas dele sobre isso eram educadas, para não magoar
CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA

Lombardi era um homem ingênuo e crédulo. Apesar de experiente, ele acreditava na palavra das pessoas. E deixava de dormir, preocupado com os outros. Mesmo sem saber se realmente era verdade. Ele venerava o Silvio Santos. Era agradecido por ter construído uma carreira a seu lado. Lombardi era um homem fiel aos amigos, sabia guardar segredos e tinha sempre uma palavra amiga na hora certa. Vai deixar saudade
DÉCIO PICCININI

Lombardi era uma pessoa tão tão tão maravilhosa que Deus fez com que ele partisse sem sentir nada, ele partiu dormindo
HEBE CAMARGO

Queria desejar meus pêsames à família do meu amigo Lombardi do SBT. Ele acabou de falecer, que esteja com Deus, meu amigo
SERGIO MALLANDRO

Poxa, o Lombardi morreu? Não acredito! Silvio e Lombardi fizeram parte da minha infância. Estou muito triste
RODRIGO SCARPA, O VESGO

Lombardi era o único artista que era famoso sem precisar mostrar o rosto na TV. Conheci o Lombardi em 1998, quando ele deu entrevista ao Pânico. E ele falava daquele jeito. Fiquei surpreso com sua morte e doeu pensar na dor do Silvio Santos e de quem trabalhou com ele por 40 anos. Era a voz mais famosa da TV. Uma voz limpa, aveludada. Ele era um pássaro
WELLINGTON MUNIZ, O CEARÁ

Dia triste não apenas para quem é do SBT, mas para qualquer brasileiro apreciador da TV aberta. Descanse em paz Lombardi
ANDRÉ VASCO

Sempre convivi com ele. Ele era um amigo, um irmão para nós. Sempre fez trabalhos na minha produtora. Ele era alguém genuinamente bom... é uma perda enorme para mim, como pessoa, e também para a TV brasileira
SONIA ABRÃO

A gente nunca espera... Lombardi! Grande parceiro! Coração iluminado! Deus é contigo! Valeu demais dono da voz!
BETO MARDEN

Quando fui ao SBT pela primeira vez, fiz questão de conhecer duas pessoas: o Silvio e o Lombardi. Ele era como o Russo, aquele ajudante de palco do Chacrinha, na Globo, uma figura especial, mitológica e cercada de mistérios. Vai fazer uma falta danada
ASTRID FONTENELLE

Lamento muito pelo Silvio. Ele deve estar sofrendo muito. Lombardi foi o maior colega de trabalho dele. Esse com certeza é a maior perda que Silvio já sofreu. Lombardi era uma pessoa muito especial e fazia todo mundo se sentir íntimo mesmo sem ter muito contato com ele. O Brasil todo vai sofrer com a sua morte
MARA MARAVILHA

Conheci Lombardi, voz do Silvio. Muito boa gente. Não pude entrevistá-lo porque o Silvio Santos queria que ele fosse reconhecido pela voz! Na memória
SERGINHO GROISMAN

Ele era uma pessoa legal. Fico feliz que ele tenha morrido sem dor. A morte não é uma coisa ruim. Se fosse, os deuses não nos dariam a morte
ELKE MARAVILHA

Lombardi era um gentleman com todo mundo. A primeira vez que eu o vi pessoalmente foi na praça da alimentação do SBT. Cheguei para ele e falei que era fã dele. Ele foi muito educado e disse que também era meu fã. Onde ele chegava, fosse na fila do cafezinho ou na do caixa eletrônico, ele chamava todo mundo pelo nome
NANY PEOPLE
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