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28 de ago. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 Novelas Mexicanas

Quem seleciona 8 tramas mexicanas do SBT é Guilherme Guidorizzi, do blog Central de Notícias.

1 - MARIA DO BAIRRO

Estrelada por Thalia, a novela de Inés Rodena foi exibida nada mais do que quatro vezes. Os dramas da ex-sucateira que se casa com um milionário, é acusada de infidelidade, dá o filho recém-nascido, vai presa e enfrenta uma grande vilá conquistaram o país.

2 - A USURPADORA

Gabriela Spanic se dividia em Paola e Paulina as gêmeas de personalidade diferente que cresceram separadas. O folhetim foi levado ao ar em quatro ocasiões e contava com um elenco estrelar. Os dois capítulos extra, curiosamente, só foram exibidos uma única vez.

3 - CARROSSEL

Falar de novela mexicana no Brasil é lembrar da história e das aventuras dos bagunceiros alunos da professora Helena. Exibido originalmente em 1991, 'Carrossel' ficou quase um ano no ar e gerou diversos produtos como álbum de figurinhas e um LP.

4 - NO LIMITE DA PAIXÃO

César Évora protagonizava a novela exibida em 2003 sem muito sucesso. Quem assistiu, porém, se encantou com a relação conturbada de Otávio e Ana Cristina, vivida por Susana González, e de um vilão marcante, Maciel, de Alberto Estrella.

5 - AMBIÇÃO

Falando em vilões, nenhum deles foi tão marcante como a Catarina Creel interpretada por Maria Rubio. A vilã capaz das maiores atrocidades usava um tapa-olho de pano que combinava com sua roupa. "Ambição" foi ao ar em 1991 e reprisada em 92.

6 - OS RICOS TAMBÉM CHORAM

Em abril de 1982, o SBT exibiu a primeira das mais de 100 tramas importadas. Veronica Castro é Mariana, a moça pobre que se casa com um rico. Em 2005, o SBT produziu um 'remake', ambientado nos anos 30.

7 - SALOMÉ


Edith González protagonizou o folhetim exibido em 2002. Na história, uma dançarina de cabaré se apaixona por um milionário e engravida dele. Maria Rubio viveu uma outra vilã, Lucrécia, que azucrina a vida de Salomé, que acaba registrando três crianças como seus filhos para despistar a megera.

8 - REBELDE

Mais recente sucesso da emissora em termos de tramas importadas, a história dos alunos do Elity Way gerou grande comoção nacional entre os jovens. O sexteto que formaria o RBD fez shows no Brasil e vendeu inúmeros CDs e DVDs, fora uma linha de produtos.

24 de ago. de 2011

A Festa dos 30 anos do SBT

No programa de domingo, 21 de agosto de 2011, Silvio Santos agradeceu aos telespectadores e falou sobre os 30 anos de sua emissora. Comentou também sobre o Ibope e a concorrência com a Globo e a Record.

Imagens do especial Dia de Festa, infantil exibido na manhã do dia 19, aniversário da emissora, foram apresentadas. O programa teve a participação de Luis Ricardo, caracterizado como o clássico palhaço Bozo, que emocionou o público e o próprio Luis Ricardo.

A repórter Patrícia Vasconcellos mostrou os bastidores da festa dos funcionários da emissora e entrevistou alguns deles. O RPM fez um show para os colaboradores do SBT na tarde do dia 19. Aqueles com mais de 30 anos de casa foram homenageados por Silvio Santos.

O discurso de Silvio Santos aos funcionários também foi exibido, de forma compacta, nesse programa. Em seguida, pudemos ouvir as palavras de Daniela Beyruti, diretora executiva do SBT.

As imagens da confraternização no Hotel Jequitimar também foram exibidas no Programa Silvio Santos. Daniela foi novamente destaque, dessa vez entrevistada por Marília Gabriela. E já se tornaram célebres as imanges de Silvio, não só pelo discurso do Patrão como pelo figurino praiano que utilizou.

Vamos rever tudo aqui:





19 de ago. de 2011

Câmera, close!



Um dos assuntos que mais me atraem falar nesses 30 anos do SBT são os equipamentos técnicos da emissora. Já falamos dos microfones, dos estúdios, da grua, do teatro... ainda falta falar das viaturas (em breve mostraremos diversas pinturas diferentes dos veículos de externa e reportagem dos anos 80) e agora chegou a vez das câmeras.


As câmeras que equipavam os estúdios da Central de Produções da Vila Guilherme e do Teatro Silvio Santos eram basicamente câmeras de tubo plumbicon marca RCA, modelo TK-46, com lentes Schneider-Kreuznach, caracterizadas por sua coloração bege-cinza e suas faixas azuis e pretas (essa pintura vinha de fábrica). Além destas, havia outras utilizadas em externas e nos ombros de operadores, notadamente modelos portáteis americanos da RCA e japoneses da Ikegami.

As primeiras câmeras TK-46 chegaram em 1978 em substituição às TK-45, um modelo anterior, que foram perdidas no incêndio do Teatro Manoel de Nóbrega, na Pompéia. Depois que este auditório se incendiou, a TV chegou ao antigo Cine Sol, no bairro do Carandiru. Inicialmente, as câmeras TK-46 tinham sido encomendadas para equipar a TV Record, que na época pertenciam ao Grupo Silvio Santos.

As TK-46 estiveram presentes no Teatro Silvio Santos entre 1978, ano de sua inauguração, até meados de 1994, quando foram substituídas por modelos Ikegami HK-355A, equipamentos muito mais modernos. Desde então, as velhas RCA foram para o almoxarifado técnico e, depois, algumas delas passaram a ficar em exposição permanente na Galeria da Fama, espécie de museu dedicado à emissora, num dos saguões do Centro de Televisão da Anhanguera.

A família de câmeras TK-44 a 46 foi uma das mais bem sucedidas linhas de gravação profissional da RCA no mundo inteiro. O modelo TK-45, muito parecido com o 46 e com ele confundido até pelo SBT, que assim identificou a câmera numa placa na Galeria da Fama, também foi utilizado pela emissora e, no México, fez as gravações de Chaves e Chapolin, na metade final da década de 70, na Televisa.



Duas câmeras encontram-se expostas no SBT. Uma delas possui um número 1 dentro de um círculo vermelho, característico das câmeras utilizadas no Teatro Silvio Santos, e a chamaremos de #1. A outra não possui número algum identificando-a, podendo ter sido usada na Vila Guilherme.



A #1 era muito utilizada na grua do teatro, realizando tomadas aéreas do palco e do auditório. Também aparece ao fundo de uma famosa imagem do documentário Silvio Santos, uma história de sucesso, de 1981, em que Silvio Santos se dirige aos seus funcionários do Grupo.




A #2 e principalmente a #3 eram mais utilizadas no centro do auditório, registrando o plano aberto do palco. Aqui, vemos a #2 durante gravação do Domingo Legal em 1993.



Com a aposentadoria das velhas RCA TK-46, as câmeras japonesas Ikegami com lentes Fujinon passaram a dominar o espaço e melhoraram a imagem do SBT. A HK-355A a substituiu no teatro e na grua em 1994.


Essas câmeras ainda estão em operação no estúdio 6 do CDT da Anhanguera, sendo as mais antigas do SBT, e são utilizadas no Programa do Ratinho e no Casos de Família.

O Teatro Silvio Santos hoje

O Baú do Silvio publicou há algum tempo um texto que considera definitivo sobre o Teatro Silvio Santos. Explicamos tudo sobre aquele lendário estúdio de televisão, contamos sua história, falamos de seus equipamentos e até demos alguns dados técnicos.

Utilizado entre 1978 e 1997, o Teatro Silvio Santos, antigo Cine Sol, está desde então desativado como estúdio de TV. Esporadicamente, por conta de sua boa localização, no coração da Zona Norte, na Avenida General Ataliba Leonel, no bairro do Carandiru, o Teatro é utilizado para inscrições, ensaios e pequenos testes. Mas muita gente pergunta como está o teatro hoje.

No SBT Repórter exibido na última quarta-feira, Rodolpho Gamberini e Carlos Alberto de Nóbrega fizeram um tour pela antiga Central de Produções da Vila Guilherme e pelo Teatro do Carandiru. Passaram na frente, observaram o interior através do portão de ferro, mas não entraram. Carlos Alberto chegou até a comentar que o caminhão de externas ficava estacionado na rua lateral, encarregado de enviar o sinal dos programas ao vivo, e mostrou a garagem residencial na qual costumava estacionar seu carro.

Para saciar a curiosidade dos SBTistas, o Baú do Silvio mostra estas fotos, tiradas recentemente, do interior do Teatro. Dory Abravanel, Leonardo Godoy, José Carvalho, Henrique Lascalla, Carmen Portela e Adlei Peres conseguiram autorização para entrar e constataram que tudo está intacto, do jeito que foi deixado em 1997 - claro que a ação do tempo foi implacável e inevitável, como não poderia deixar de ser.





ATUALIZAÇÃO

No dia 6 de novembro de 2011, Silvio Santos anunciou no Programa Silvio Santos que alguns produtos que não foram vendidos na queima de estoque do Baú da Felicidade estão estocados e postos à venda para o público no Teatro Silvio Santos. Silvio anunciou o teatro como "antigo estúdio do SBT" e "Cine Sol".

Com essa nova utilização do Teatro como loja, as cadeiras do auditório foram removidas e todo o espaço do antigo estúdio agora é utilizado como show room. Mas as paredes coloridas permanecem lá.

colaborou Marcelo Matos

18 de ago. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 falhas nossas

1 - Jornal do SBT 93 - Leila Cordeiro e Eliakim Araújo se interrompem a todo instante ao chamar reportagens do jornal. Em determinado momento, Leila diz: "Eliakim, assim não dá pô!". Eliakin se vira para a câmera e diz: "Tá difícil". O jornal era gravado e fora feito duas vezes. A primeira tomada, errada, é a que foi ao ar. Direção Marcos Wilson.

2 - Aqui Agora 92 - Osmar di Piero, o defensor dos aposentados, se irritou com o confisco das poupanças, promovido pelo governo Collor. Ele, que mantinha seu bordão "e tenho as mãos limpas", se levantou de seu set e andou pelo estúdio 1 do Centro de Produção Vila Guilherme, passando pelos sets de Leão Lobo e Maguila até chegar em Ivo e Patricia Godoy, onde parou e deu um tapa na mesa do cenário principal do jornal. Direção Albino Castro.

3 - Show Maravilha 92 - Durante a comemoração de seu aniversário, Mara também ganhou abertura e cenários novos para seu programa. Neste dia a atração foi apresentada ao vivo e, durante o último bloco, Mara cortava os pedaços de bolo para distribuir aos convidados quando... as luzes do estúdio-auditório do Sumaré se apagam e Mara, desolada, pergunta: "Alôôôô???".... o programa abre intervalo e volta com a vinheta de encerramento. Direção Antonio Maria.

4 - Aqui Agora 93 - Durante uma edição do jornal, Ivo e Christina perdem o teleprompter, programa que roda textos invertidos em frente a câmera sem que o telespectador perceba. Christina se vira para Ivo e diz: "Hoje tá impossível, hein?". Direção Albino Castro.

5 - Bozo 85 - Enquanto era encenado mais um esquete de humor do programa, ao vivo, os contrarregas José Sebastião e Antonio de Freitas jogam sacos de carvão no cenário para simular uma explosão. De repente, a fumaça provocada infesta todo o estúdio 4 do Centro de Produção Vila Guilherme e Bozo é obrigado (quase sem aparecer no vídeo) a chamar o intervalo, que duraria horas, intercalando com desenhos, até que o horário do programa fosse preenchido no dia. Não havia condições técnicas para retornar ao estúdio. Direção Luiz Afonso Mendes.

6 - Fantasia 97 - A apresentadora Valéria Balbi apresentava mais uma gincana do programa no estúdio 2 do Complexo Anhanguera, quando, ao andar para trás não percebeu que um degrau estava próximo e tropeçou, agarrando-se ao púlpito, que a impediu de cair. Direção Paulo Santoro.

7 - TV Powww! - 84 - A gincana de interatividade era sucesso nas tardes da emissora, mas, quando Mara Maravilha apertou o botão do videogame Atari, utilizado nas gincanas, no telão (em chroma) do jogo, uma imagem em chuviscos começou a aparecer e nada podia ser controlado, até que o intervalo foi chamado para consertar o problema. Direção Roberto Garcia.

8 - Show de Prêmios 89 - Durante o quadro Jogo dos Signos o palco do Teatro Silvio Santos era tomado por eletrodomésticos em pedestais, representando os prêmios que os participantes poderiam ganhar. Silvio Santos falava sobre os produtos e deu um forte empurrão numa geladeira, imaginando que assim abriria espaço pois o equipamendo deslizaria suavemente sobre os rodízios do pedestal. Porém, para sua surpresa, a geladeira se desequilibrou e caiu deitada no chão do estúdio. Silvio gritou e correu atrás do refrigerador, mas não havia nada a fazer a não ser exclamar: "Lombardi, isto é incrível!". Direção Ghillhermo Santille


Fizemos um Top 5 em vídeo, com uma seleção diferente. Confira:

14 de ago. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 reality shows

1. Casa dos Artistas (2001-2004)
Reality de enorme sucesso, conquistando a liderança de ponta a ponta aos domingos, a Casa dos Artistas, foi o primeiro reality de confinamento da TV brasileira, tendo passado à frente do Big Brother, na Globo, que pouco tempo antes havia sido oferecido ao próprio SBT. O carismático Supla, o brigão Alexandre Frota e a chorona e vencedora Bárbara Paz, tudo sob mediação de Silvio Santos, ditaram o ritmo daquele que pode ser considerado um dos maiores sucessos já realizados no SBT. Outras edições foram feitas, porém, sem tanto sucesso.

2. Popstars (2002-2003)
Os vencedores de realities musicais no Brasil raramente conseguem estourar nas paradas de sucessos. Ora, porque o mercado já está consolidado, ora por falta de apoio, ora porque emissoras rejeitam espaço a talentos revelados pelas concorrentes. Só que Popstars conseguiu quebrar essa regra. Em duas edições, revelaram os grupos pop Rouge e Bro’z, ambos com enorme projeção entre os jovens da época. Todos embalados pelo ritmo Ragatanga!

3. Supernanny (2005-)
Reality-show mais longevo da história do SBT, com cerca de 7 anos no ar, Supernanny virou sinônimo de boa educação infantil no País. A psicóloga, professora e educadora argentina Cris Poli foi selecionada para a condução do programa e soube imprimir um ritmo brasileiro ao formato inglês. Com o famoso lenço no pescoço e seu cantinho da disciplina conquistou o público, a audiência e o respeito de pais e filhos de todo o Brasil.

4. Esquadrão da Moda (2009-)
Com uma estreia tímida em 2009, o Esquadrão da Moda se tornou não só um sucesso comercial, como também um reality de boa repercussão e impressão na imprensa e junto ao público. Pesou nisso a afinidade da dupla de apresentadores Isabella Fiorentino e Arlindo Grund, que desenvolvem as mais variadas surpresas para os participantes que precisam dar uma nova cara em seu visual, muitas vezes, “cafona”. Para isso, a pessoa ganha uma quantia em dinheiro para renovar totalmente o guarda-roupa. O antigo? Vai pra lixeira.

5. O Grande Perdedor (2005)
Perder os quilinhos a mais e ainda ganhar dinheiro por isso. Era tudo que muita gente sonhava e O Grande Perdedor veio realizar. O reality foi apresentado por Silvio Santos, em 2005, com grande sucesso de audiência, porém com problemas sérios de faturamento por causa do nome. Dois anos depois, Lígia Mendes reeditava o reality, com o nome – corrigido – de Quem Perde, Ganha, sem repetir o sucesso da primeira edição.

6. Ídolos (2006/2007)
O formato do American Idol veio para o SBT no mesmo pacote que O Grande Perdedor, Family Feud e vários outros. Muito mais que despontar talentos da música, o programa revelou dois apresentadores que até hoje estão na ativa na casa (Beto Marden e Lígia Mendes) e os jurados Thomas Roth, Cyz Zamorano, Miranda e Arnaldo Saccomani viriam a ser uma parceria de sucesso em outros programas do SBT, como Astros e atualmente no Qual é o seu Talento?

7. Solitários (2010-2011)
Solitários não foi nenhum grande sucesso de audiência nas duas temporadas exibidas até aqui. Mas o formato é repleto de inovações, a começar pelo total isolamento dos participantes, passando pela inexistência de um apresentador até chegar num computador, chamado Val, que controla o que as pessoas devem ou não devem fazer na disputa. É nesse ambiente que se desenrola o Solitários, que tem em sua trilha sonora e na ironia de Val, os seus destaques.

8. O Conquistador do Fim do Mundo (2003).
A exemplo de Solitários, O Conquistador do Fim do Mundo também não foi sucesso. Mas o formato de aventuras lançou Celso Portiolli no seu primeiro reality na carreira e foi o primeiro desse gênero no SBT a contar com gravações no exterior. Era uma disputa entre participantes do Brasil, Estados Unidos, México, Chile e Equador, realizada na Patagônia, na Argentina. A meta era conquistar a cidade de Ushuaia, capital da Terra do Fogo.

Por José Eustáquio Jr.

4 de ago. de 2011

Isto é Incrível!



A história abaixo, originalmente em inglês (e com uma tradução mequetrefe d'O Baú do Silvio), foi narrada pelo jornalista Chris Pritchard, é totalmente verídica. Aconteceu na Austrália.

Chris conta a história de uma garota de 12 anos de idade que, com muita coragem, enfrentou um crocodilo para salvar a vida de seu amigo e depois dirigiu durante horas pelas estradas e florestas escuras até conseguir socorro.

Um fato tão impressionante que comoveu o país e também sensibilizou a rainha da Inglaterra, Elizabeth II que, como também é rainha da Austrália (integrante da comunidade britânica), fez questão de condecorar a garota por seu ato de bravura.

Peta-Lynn Mann recebeu do governo australiano as seguintes condecorações: Star of Courage (Estrela da Coragem) a Medalha de Ouro Clarke e o Troféu Rupert Wilks, estas, das mãos da rainha.



Mas o motivo de estarmos contando esta história fantástica neste blog é que ela foi uma das mais emblemáticas narradas por Silvio Santos no quadro Isto é Incrível do Show de Calouros.

No dia 9 de outubro de 1988, em um programa dedicado às crianças, porque se iniciava a celebração do dia da criança no SBT, Silvio Santos resolveu contar ao público esta história inspiradora. Exercitando seu talento de locutor, expôs toda a dramaticidade e emoção do episódio, enquanto cenas da dramatização da história eram exibidas.

Assista aqui ao Isto é Incrível que conta a história de Peta-Lynn Mann e, se se sentir interessado, leia o relato abaixo.



Quando subiu no jipe naquela tarde brilhante de 17 de abril de 1981, a jovem australiana Peta-Lynn Mann, de 12 anos, estava muito animada. Menos de uma hora antes, ela chegara de um internato em Darwin para sua casa. Agora ela estava indo passear no campo tropical ela tanto amava.

Região abundante em vida selvagem, porcos, búfalos, crocodilos e uma variedade de pássaros. Ali os pais dela, Wendy e Robert Mann, montaram um negócio de caça e safári turístico. O Manns estavam fora, por isso o amigo da família, Hilton Graham, de 23 anos, estava cuidando de Peta-Lynn. "Nós vamos capturar um porco para um churrasco na ilha" disse ele. E deu a partida no caminhão, descendo para Palm Springs, um ponto a 20 km de distância da casa. Embora chamada de "a ilha", a área era ligado ao continente por uma estreita faixa.

Eles chegaram a uma parada na clareira de uma figueira, perto de onde mantinham ancorado um aerobarco (barco cuja hélice se localiza acima da água, semelhante a um hovercraft, muito utilizado na região).

Graham, alto e forte, empurrou a embarcação para fora nas águas turvas do pântano. Ele jogou a espingarda nas costas, equilibrou o barco e Peta-Lynn também embarcou. Acelerando, partiram adentro da selva de árvores e trepadeiras, na esperança de surpreender e abater um porco selvagem. Peta-Lynn na proa, olhava a vegetação densa, quase não se atrevendo a falar acima de um sussurro.

De repente, em torno de 17h30min, o barco encalhou nos baixios. Graham livrou-se da espingarda e entrou na água para empurrar o aerobarco para uma área mais profunda. Ao se movimentar, sua pistola caiu do coldre e afundou no pântano.

Então Graham se ajoelhou e tateou no fundo lamacento. "Vou amarrar o barco e dar-lhe uma mão", disse Peta-Lynn, descendo da embarcação.

Splash! Graham surpreendeu-se com um som repentino atrás dele. Ele se virou e viu-se diante das emormes presas de crocodilo de quase quatro metros de comprimento, sua boca aberta como uma armadilha gigante. Quando levantou seu braço esquerdo em um gesto de defesa, as linhas de dentes do enorme animal se fecharam e Graham sentiu uma dor lhe queimando.

O crocodilo, com suas mandíbulas firmemente presas no braço de Graham, começou a rolar, mas por alguma razão, se soltou. Graham engasgou na angústia. "Socorro! Peta!" Ele gritou para a menina. Um pensamento desesperado passou pela cabeça de Graham: que poderia fazer uma menina de qualquer maneira?

Graham se levantou de joelhos com o crocodilo selvagem em seu encalço. Agora o réptil virou-se de lado e atacou de novo. Suas mandíbulas apertaram a coxa direita do homem que foi puxado muito mais vigorosamente do que antes. O sangue jorrava de seu antebraço. Ele tentou desesperadamente manter-se firme na lama. A menos que pudesse segurar, o crocodilo o levaria para baixo em águas mais profundas. Ele sabia que o crocodilo giraria o corpo muitas vezes, apertando suas presas antes de rasgá-lo em pedaços.

Graham já podia sentir o poder inacreditável do réptil, à medida que seus pés escorregavam mais longe da segurança da terra firme. Estendeu o braço direito à garota e gritou: "Peta! Segure firme!"

Peta Lynn não sentia medo agora. Ela nadou de volta para água escura e chamou: "Espere, Graham!" A água estava até os joelhos. Então ela estendeu a mão e agarrou o braço do amigo com ambas as mãos. Ela plantou os pés no pântano, joelhos flexionados e puxou com toda sua força. Era como um cabo-de-guerra, e caso ela não ancorasse, ele iria morrer.

Depois do que pareceu ser um longo tempo e que na verdade durou apenas um minuto ou dois, de repente o crocodilo fez um giro completo sob a água, puxando Graham. Peta-Lynn foi puxada também, mas ainda segurando o braço do amigo. O crocodilo poderia facilmente afogar os dois, mas ao menos ela lutou. Corrigindo-se, ela procurou um ponto de apoio no fundo, e puxou com toda a força novamente. O crocodilo abriu suas mandíbulas o tempo suficiente para que Graham começasse a se soltar.

A água chegou acima da cintura nesse momento, mas ela se manteve firme, mesmo quando o incansável crocodilo arrastava Graham sob a água. Peta-Lynn tinha visto o desespero em seu rosto, e pensou que tinha perdido a batalha. Mas continuou puxando.

De repente, o crocodilo parou seu movimento. Peta-Lynn sentiu-se caindo para trás no pântano arrastando Graham em sua direção. A cabeça do homem, ofegando por ar, emergiu da água turva. O réptil ainda o segurava, mas inexplicavelmente o deixou ir e afundou para as profundezas.

Peta-Lynn buscou energias para puxar Graham para a margem. Ele cambaleou para fora, atordoado, com o rosto mortalmente branco. O sangue escorria do seu braço e coxa.

Eles mal tinham dado dois passos quando o crocodilo rompeu a água novamente com um esguicho ruidoso. Ele agarrou descontroladamente na nádega direita de Graham, e conseguiu rasgar a carne através de suas calças. Mas Peta-Lynn deu um vigoroso puxão e o réptil gigante perdeu sua força e caiu para trás. Poças de sangue na água tingiam de vermelho o local onde o animal ainda armava um ataque, seus olhos acima da superfície, observando.

Peta-Lynn e Graham caminharam cerca de 50 metros para longe da água, longe o suficiente, ela esperava, não para o crocodilo atacar novamente. Graham mal conseguia se mover fraco de choque e perda de sangue. Peta-Lynn encostou-o contra o tronco da árvore. Sua camisa estava em frangalhos do ombro até a manga; calças estavam rasgadas aos farrapos. "Espere aqui", disse ela, "eu trarei o jipe."

Ela correu dois quilômetros ao longo de uma trilha na selva, depois voltou através do campo aberto guiando o veículo.

Felizmente, quando ela tinha oito anos, Graham lhe havia ensinado a conduzir em campo aberto. Agora, ela assumira o volante do jipe, a fim de levar o amigo de volta o mais rápido que pudesse, percorrendo o terreno acidentado. Graham estava mancando em direção ao caminhão, quando ela veio em cima dele. Ela saltou e ajudou-o para o banco do passageiro. Ele deitado ali do seu lado esquerdo, ferido na coxa e nádega e com o braço dilacerado.

às 6h05min, já anoitecendo, eles avistaram de novo a casa. A poucas centenas de metros de chegar lá, Graham desmaiou. Peta-Lynn pegou a mão do volante e apertou-lhe. Graham gemeu e a menina disse: "Você não vai morrer em cima de mim, não é?"

Graham grunhiu uma resposta inaudível, em seguida, desmaiou de novo. Pouco antes de chegar em casa Peta-Lynn, ele começou a gemer, "Não morra, Graham! Não morra!" Peta-Lynn soluçou.

Seu desespero lhe despertou. Graham agora convocou toda a sua força e respondeu: "Morrer? O inferno me espera."

Não havia ninguém em casa, mas Graham arrastou-se até o rádio e chamou Weltered Homestead, a 70 quilômetros de distância. "Fui atacado por um crocodilo e estou sendo levado ao hospital. Peta vai me levar até Darwin. Enviem alguém da Labelle ao nosso encontro..." Labelle Homestead era sua cidade natal e onde vivia sua família.

Na cozinha, Peta-Lynn pegou uma lata de pó anti-séptico. Ela borrifou o pó sobre as feridas de Graham e as envolveu numa toalha. Ela decidiu não perder tempo atando suas feridas e começou a dirigir o mais rápido possível até o hospital.

Finalmente. Peta-Lynn viu luzes na distância. Era a mulher de Graham, June-Ellen, Townsend, e seu irmão Henry em um carro, seguido por um segundo veículo. às 7h45min, Graham e Peta-Lynn foram colocados no carro de June e partiram para Darwin. A cada minuto perguntava se Graham continuava bem e consciente.

Logo após as 11 horas, eles pararam na emergência do hospital de Darwin. Graham foi levado para a sala de operações onde lhe foi dado sangue, bem como injeções de antibióticos e analgésicos. Duas fraturas no antebraço esquerdo foram tratadas. Depois de uma semana, enquanto ele ficou no hospital, Peta-Lynn o visitava antes e depois da escola.

"Ela é maravilhosa, menina valente", disse Graham. "Ela tinha consciência do perigo que era enfrentar os crocodilos. Quando eu estava enfrentando a morte, arriscou a vida para me salvar."

Totalmente recuperado, Graham muitas vezes retornou ao pântano de Palm Springs. Crocodilos são territoriais, ele sabe. E enquanto ele não reencontra seu algoz, imagina que continua sendo vigiado.
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