
José Eustáquio Jr. tem apenas 21 anos e é bacharel em Direito. Sua vocação para a escrita despertou cedo: aos 13 anos recebeu Moção Congratulatória da Câmara de Pitangui por um artigo sobre a UNE. Ele já publicou um livro: “Viajando pela Velha Serrana” (sobre a história de sua cidade, Pitangui, em Minas Gerais), que ganhou voto de congratulação da Assembléia Legislativa do Estado. Também participou da obra “Centro-Oeste Mineiro: História e Cultura”, que aborda 52 cidades, novamente falando de sua terra natal Pitangui.
Mas vamos ao que nos interessa: Junior possui um blog dedicado a falar do passado e do presente do SBT, o
SBTpedia e é um fã de Silvio Santos, requisitos fundamentais para participar da nossa seção O Silvio e eu.
Como você começou a gostar do Silvio Santos?
Bom, desde criança acompanho os programas do Silvio. Mas me tornei fã mesmo porque aqui em casa todo mundo assistia o Em Nome do Amor. Era criança, não mandava nada, tinha que assistir junto e acabei gostando.
Alguma pessoa te influenciou ou te incentivou a ser fã do Silvio?
Acho que não. Mesmo tendo vários primos que eram fãs da Xuxa quando criança eu nunca gostei dos programas dela. Então eu dificilmente seria influenciado a gostar do Silvio. Creio que foi mais a tradição de se acompanhar o SBT aos domingos com o Domingo Legal e o Programa Silvio Santos. Se tem alguém que influenciou mesmo foi o próprio carisma do Silvio.
Qual programa predileto?
Vários. Vários mesmo. Mas um em especial foi marcante, o Qual é a Música. Gosto muito mesmo. Desde quando voltou à grade do SBT em 1999, posso contar nos dedos os dias que eu perdi o programa durante o tempo que ficou no ar. Para mim uma das gincanas mais divertidas que o Silvio comandou. Dava para perceber que o Silvio fazia o programa porque gostava do formato mesmo. Fora que ali o Silvio usava toda a sua capacidade de improvisação, coisa que só era vista no Topa Tudo por Dinheiro.
Você já teve algum problema por gostar do Silvio?
Eu, particularmente, não. Apesar de existir, sempre, uma certa rejeição por parte das pessoas dos programas tidos “populares” do SBT, Silvio Santos é sempre respeitado com quem eu converso, seja no trabalho ou na faculdade (a qual terminei recentemente). Falo em Silvio Santos, aí vem outro e comenta sobre a câmera escondida, sobre a Lívia Andrade. O programa é bem visto, Silvio soube se renovar, falar pros jovens, não é à toa que o crescimento do Programa Silvio Santos coincide com a queda do Pânico em audiência aos domingos. O público jovem curte, mas não gosta de admitir. Esse talvez é o maior problema com outras pessoas em relação ao Silvio.
Qual foi a maior alegria que Silvio Santos lhe proporcionou?
Difícil definir um dia específico. Acho que são aqueles dias em que ele tá bem inspirado e consegue dar aquelas melhores tiradas em artistas. Tal qual Silvio e Lívia Andrade no Jogo dos Pontinhos, Silvio e Pânico / Silvio e Danni Carlos no Qual é a Música e Silvio e Sérgio Mallandro no Show de Calouros (essa eu não acompanhei pela TV, mas pude ver vários vídeos da época). O forte do Silvio sempre foi a improvisação e essa interação que ele consegue quanto o artista dá liberdade é ótima e traz muita alegria.
E a maior frustração?
O Silvio não ser tão gênio em programação de TV como o é em apresentar ou animar programas de auditório. Infelizmente ele peca nesse ponto. Antes, até funcionava. A intuição conseguia milagres. Hoje a TV é muito mais profissional e não dá para viver intuitivamente. Por isso Silvio tem que dar liberdade a profissionais da área para cuidarem da programa e profissionalizar o SBT, amenizando os riscos de uma administração centralizada e parental.
Qual foi a coisa mais interessante ou curiosa que te aconteceu por ser fã do Silvio?
Em 2001 eu já era muito fã do Silvio Santos. Acompanhava direto o Show do Milhão, o Qual é a Música, o Em Nome do Amor... Mas em outubro não acompanhei a grade do SBT num domingo, justamente aquele domingo de 2001. Cheguei na casa de meus avós, eles estavam assistindo ao Domingo Legal. Quando, de repente, entra um programa no ar diferente. Era a Casa dos Artistas. Parei a conversa de todo mundo para saber o que era. Não sabia de nada e a imensa maioria dos brasileiros não sabiam de nada. Porém, eu não tinha visto as chamadas misteriosas que o SBT estava veiculando desde cedo. É o fator-surpresa, coisa que agora entendo que o Silvio gosta tanto.
Você conhece outras pessoas que gostam tanto do Silvio Santos quanto você?
Vários... (risos). Você, Hamilton, o Levy do Página do Silvio Santos. E convivo diariamente com outros no Orkut, no Twitter e agora no SBTpedia, blog que lancei sobre o SBT. Fãs do SBT, essencialmente, mas que por tabela, claro, amam Silvio Santos. A maioria, inclusive, que aprendeu a ser fã do SBT graças ao Silvio e aos programas dele.
Qual a influência de Silvio Santos na sua vida?
Acho que a influência é, sobretudo, de caráter. Aprendi desde cedo que Silvio Santos era o maior pagador de impostos no Brasil, ficava estarrecido de saber que aquele empresário e apresentador começou como camelô. E tudo vencendo as barreiras honestamente, criando novos produtos, desafios, investindo no seu próprio potencial. Silvio Santos é um exemplo para qualquer pessoa que queira vencer na vida corretamente.
Para encerrar, um recado para os leitores do Baú do Silvio?
Um feliz 2011 para todos os leitores do Baú do Silvio, que neste ano possamos ter saúde para acompanhar o SBT na comemoração dos 30 anos que se aproximam e também contar com a companhia de Silvio Santos aos domingos, sempre em ritmo de festa.