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30 de out. de 2011

O Silvio e Eu - com Rodrigo Romero

O Baú do Silvio entrevista mais um fã do Silvio Santos.


Rodrigo Romero é jornalista. Nasceu em Jacareí, interior de São Paulo, em 25 de janeiro de 1982. É repórter e apresentador da TV Câmara Jacareí desde novembro de 2008. Antes, estagiou na mídia impressa e trabalhou como assessor de imprensa.













Como começou a gostar do Silvio Santos?
Não me lembro da primeira vez que o vi na televisão. Se forçar minha memória, como muitos disseram aqui mesmo no blog, via os programas quando ia à casa de minha avó, Neyde. ‘Porta da Esperança’ e ‘Show de Calouros’ eram as audiências altas do domingo do SBT e lá estava eu sentado no sofá da minha avó. E eu odiava, porque, pensava, os programas eram demasiadamente demorados. Anos 1980 isto. Tempos se passaram e me acostumei a assistir o ‘Roletrando’, quando a atração era exibida de segunda a sexta-feira com patrocínios como Veja e Kolynos. Eu contava nove e dez anos aí. 1991 e 1992. Amava o programa por razões desconhecidas por mim. Talvez a roleta enorme, toda colorida. Ou a própria presença de Silvio Santos com os cabelos todos penteados para trás, com gel, brincando de forca como em seu primeiro programa na TV, em 1962.
A admiração vem, depois, pela figura do apresentador. Impoluta, reta, ordinária, parecendo sempre cumprir ordens do comandante do exército (o estilo de ele perguntar e esperar a resposta do auditório é um exemplo – ‘Vai ou não vai?’ / ‘Vaaaaai!’), esta imagem do Silvio Santos me cativou. Seu comportamento, idem. Suas recusas a entrevistas e idas a festas e aos holofotes fazia com que a sua aura fosse misteriosa para mim. Paralelamente a isso, programas como ‘Show do Milhão’, ‘Qual é a música’ e, sobretudo, ‘Topa Tudo por Dinheiro’ (que cavou para debaixo da terra o Cazé, então ex-MTV e na TV Globo – nove semanas a atração dele saiu do ar porque perdia todas as vezes para o ‘Peru que Fala’), se tornaram meus vícios dominicais entre 1999 e 2002.

Alguma pessoa te influenciou ou te incentivou a ser fã do Silvio?
Como respondi na questão acima, minha avó, mas sem ser intencional. Eu era bem criança mesmo. Só fui gostar de Silvio Santos mais tarde, quando comecei a estudá-lo, ler sobre ele etc. Uma observação que faço é que minha mãe, Eliana, já foi a uma gravação do programa dele na década de 1970. ‘A gente chegou cedo, levou lanches, e passou o dia lá vendo todos os programas dele’, ela me disse.

Qual programa predileto?
‘Show do Milhão’ e ‘Topa Tudo por Dinheiro’ ficam empatados. O primeiro porque reunia tudo o que aprecio: jogo de perguntas e respostas, participação do público e informação. O segundo porque nele SS se liberava para fazer qualquer coisa, desde escorregar de tobogãs, andar de velocípede infantil, e até cair naquele tanque de água, vídeo que acredito todos já se cansaram de ver, além de poder vê-lo dar aquelas risadas astronômicas quando assistia as câmeras escondidas. Às vezes, me matava de gargalhar mais pela risada do que propriamente a câmera escondida. Mas quero destacar uma partezinha para a abertura do ‘Programa Silvio Santos’, com a música ‘Silvio Santos Vem Aí’. Amo estes minutos. Virou um sacerdócio acompanhar aos domingos pelo menos esta abertura.

Você já teve algum problema por gostar do Silvio?
Não problemas, mas incômodos. Acima falei sobre assistir a abertura. Para tanto, quero que todos também assistam. Esses dias ocorreu uma situação engraçada: na hora em que coloquei no SBT e começou a tocar a música, todos em casa – meu pai, Silvio, minha mãe, meu irmão, Dannyel, e minha noiva, Silvia – começaram a abanar os braços como se tivessem pompons nas mãos para seguir a música e cantaram também. Foi bem bacana e engraçado.

Qual foi a maior alegria que Silvio Santos lhe proporcionou?
Sempre quando ele aparece aos domingos me alegra. Quando se propõe a dar entrevistas também. Tenho a impressão de que a figura dele de pessoa física ficou maior que o animador, em minha visão. Mas, claro, os programas são ímpares e SS é insubstituível na televisão. Lembrando que há livros sobre ele e em breve o filme.

E a maior frustração?
Dele diretamente não, porém tentei ir assistir à gravação do PSS. Liguei na emissora, mas o SBT tem como regra apenas moças no auditório, e disse que não seria possível. Só se eu participasse de um dos programas dele.

Qual foi a coisa mais interessante ou curiosa que te aconteceu por ser fã do Silvio?
Quando eu tinha uns nove, 10 ou 11 anos pedi ao meu pai que fizesse um microfone igual ao do SS. Tinha acabado de ganhar o jogo do ‘Roletrando’ e queria brincar a sério, sendo eu o apresentador. E não é que meu pai fez mesmo? Pegou papelão, recortou de acordo, pegou uma bolinha de isopor, enfiou-a num lápis e amarrou tudo num barbante para eu pendurar no pescoço. Pronto! Ali estava o meu microfone. E apresentei o meu ‘Roletrando’, com a participação do meu pai e do meu irmão, que na época tinha uns seis anos. Guardo isso até hoje.

Você conhece outras pessoas que gostam tanto do Silvio Santos quanto você?
Leandro, marido de minha prima Tatiana, diz que gosta. Mas não acompanha, lê etc. Adorar e saber tanta coisa como eu está difícil de achar em volta, por aqui. Em geral, a maioria considera SS brega, cafona, obsoleto. Não dou importância. Gosto dele.

Qual a influência de Silvio Santos na sua vida?
Miro a retidão de caráter, comportamento exemplar, seriedade, comprometimento. Faço de tudo para conseguir ter a mesma humildade. Pessoas com histórias de vida como a dele, que saíram vitoriosas dela, são raríssimas. E com o seu talento ainda por cima, não deve conseguir encher uma mão contando.

Para encerrar, um recado para os leitores do Baú do Silvio?
O blog é importante e bem feito. Acompanho sempre. Já me informei sobre assuntos que nunca imaginaria que um dia veria, como, por exemplo, acerca do microfone dele, além dos vídeos antigos, minhas paixões. Continue assim. Tem um fã em Jacareí.

23 de out. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 programas infantis



Confira no vídeo acima uma montagem especial para o dia da criança, Mara Maravilha e Maísa contam a história dos 30 anos de programação infantil do SBT. O texto base lido por Maísa é do redator Celso Lui.

A viagem no tempo mostra desde o Bozo, passando pelo Show Maravilha, o Oradukapeta com Sergio Mallandro, o Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony, o Show da Simony, o programa Mariane, a Festolândia, a Sessão Desenho, a Casa da Angélica até chegar ao Bom Dia e Companhia.

O que nós notamos ao analisar a história dos programas infantis do SBT é a criatividade, interatividade, inovação e a posição de vanguarda. Ao mesmo tempo em que a emissora sempre apostou na audiência do público mais jovem, cativando-o a se tornar seu fiel telespectador, acreditou em pratas-da-casa, como Luis Ricardo (o mais famoso dos Bozos), Mara, Sérgio Mallandro, Jacky Petkovic, Mariane, Eliana, Yudi e Priscilla.

1. BOZO



O lendário palhaço estreou seu programa em setembro de 1980 pela TVS do Rio e Record de São Paulo. No dia seguinte à inauguração do SBT fez sua primeira aparição no novo canal.

Apostando no sucesso do palhaço, em 1981 Silvio Santos renovou os direitos por mais dez anos. Bozo e sua família conquistaram as crianças e escreveram um capítulo memorável da história dos programas infantis no Brasil que, ao contrário do que muitos proclamam, não se resume à moças loiras cujo nome começa com xis.

A base do programa eram as brincadeiras e participações por telefone intercaladas com esquetes cômicas dos palhaços e desenhos animados que, por certo período, chegavam a ficar oito horas por dia no ar, ao vivo.

Eram redatores Willian Tucci, Gibe, Didi Oliveira, Magalhães Jr. e Sérgio Valezin. Dirigiram o programa Rick Medeiros, Emanoel Rodrigues, Rodolpho Scervino, Luiz Afonso Mendes, Flávio Carlini e Roberto Garcia

2. SHOW MARAVILHA



Um sol sorridente nasce entre as montanhas e no céu bem azul anuncia que a maravilha é ser criança, ter amigos e poder brincar. Assim era a abertura do Show Maravilha, programa exibido entre 1987 e 1994 com apresentação de Mara.

Sempre com elevada audiência, esse grande desfile de musicais, concursos, desenhos e brincadeiras agitou as tardes e depois as manhãs do SBT, tornando-se um dos principais produtos da emissora e um de seus líderes em faturamento. O carisma e a espontaneidade da apresentadora eram uma atração à parte e tornaram este programa inesquecível.

Foi um dos poucos programas a ter sido gravado em todas as unidades que o SBT possuía; em suas várias fases passou pela Vila Guilherme, Teatro Silvio Santos e pelos estúdios do Sumaré.

Redação de Willian Tucci, Enéas Carlos, Paulo de Carvalho, Edson Fernandes e Didi Oliveira. Vários foram os diretores: Flavio Carlini, Antonio Maria, Georgina Elvas e Mara. Direção executiva de Antonio Guimarães.

3. DISNEY CLUB



O SBT em 1997 fez uma parceria milionária com a Disney, Warner e Televisa para exibição de diversos conteúdos. Para exibição dos desenhos animados da empresa do Mickey, foi criado um programa inovador, mais do que uma mera sessão de desenhos.

Diego Ramiro, Leonardo Monteiro, Caique Benigno, Jussara Marques, Danielle Lima
e Murilo Troccoli interpretavam os personagens que integravam O CRUJ, Comitê Revolucionário Ultra-Jovem, que interferia no sinal da televisão e, através de uma transmissão pirata, transmitia os desenhos da Disney e passava suas mensagens e reivindicações, sempre com as palavras de ordem: "nós somos ultrajovens e merecemos respeito!".

Foram quatro temporadas, até 2001, que renderam diversos prêmios de melhor programa infantil. O programa passava no final da tarde, atingindo em cheio a garotada que chegava da escola.

Redação de Cao Hamburger e Cláudia Dalla Verde. Direção-geral Malu London e Cao Hamburger.

4. ORADUKAPETA



Sérgio Mallandro, o endiabrado jurado do Show de Calouros, era ídolo da garotada. E desse seu prestígio entre os pequenos veio a ideia de fazê-lo apresentador infantil: o único homem (sem contar os palhaços) a apresentar um programa para crianças, tradicionalmente comandado por mulheres. Era a Oradukapeta, diariamente arrepiando as manhãs, entre 1987 e 1990.

Dois quadros se tornaram parte do imaginário dos anos oitenta: a Porta dos Desesperados e a Hora do Pênalti, com o espalhafatoso goleiro Mallandrovsky. Em 1990 veio o convite para a Globo, e Mallandro se foi.

Em 1994, voltou para mais dois anos de travessuras, agora no comando do programa Sergio Mallandro, repetindo as brincadeiras do programa original e reforçado pela presença de Gibe, como Papai Papudo, e a Vila do Mallandro, um quadro semelhante ao programa Chaves, que contava com Dino Santana e Péricles Flaviano no elenco.

Redação de Willian Tucci. Direção-geral Wanderley Villa Nova e Samuel Oliveira Lima.

5. BOM DIA & CIA.



O programa ainda está no ar e tem uma longa história. Teve diversas fases bastantes distintas.

A primeira e mais reconhecida do programa foi formatada para crianças em idade pré-escolar, educativo e didático, tendo Eliana na apresentação. Ela ensinava pequenos trabalhos manuais, ensinava algumas continhas de matemática, palavras em inglês e curiosidades, com a ajuda do computador Flitz e do monstrinho Melocoton. Eliana comandou o show entre 1993 e 1998 (entre 1997 e 1998 o programa mudou de nome para Eliana & Cia.).

Com a saída de Eliana, Jacky Petkovic iniciou a segunda fase do Bom Dia, inicialmente mantendo a mesma base, mas em 2000 o programa teve o cenário e personagens reformulados, passando a contar com a ajudante-mirim Michelle e o extraterrestre Gugui.

A terceira fase durou dois anos. Entre 2003 e 2005 Jéssica Esteves e Cauê Santim passam a apresentá-lo. A estrutura foi simplificada ao máximo, e a dupla contava todo dia uma história, geralmente vestida de acordo com o enredo.

Uma quarta fase começa em agosto de 2005. As crianças Cássio Yudi Tamashiro e Priscilla Alcântara e a professora da dança Ítala Matiuzzo assumem o comando. Ítala deixa a atração um ano depois.

A quinta fase estreou em 2007, e está no ar até hoje. Yudi e Priscilla passaram a comandar ao vivo brincadeiras por telefone, similares ou idênticas às do Bozo, como "onde está o anel?", "jogo da memória" e "corrida de cavalinhos", premiando os telespectadores por meio de uma roleta, que se tornou famosa.

Maísa, um novo prodígio do SBT, também passou a apresentar o programa em 2009, retirando-se em 2011 para se dedicar à dramaturgia. Rebeka Angel, apresentadora mirim que entrava em cena vestida igual a Punky Brewster, também comandou a atração.

Podemos dizer que este, mais o Carrossel Animado com Patati Patatá, são os únicos programas infantis da TV brasileira na atualidade, já que as outras emissoras exibem apenas sessões de desenhos animados.

Foram muitos os diretores: Milton Neves, Flávio Carlini, Hélio Chiari, Norberto Fonseca, Paulo Santoro, Galvão França, Malu London, Juliana Vieira e Silvia Abravanel.

6. DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI



Inicialmente denominado Dó Ré Mi Fá Sol Lá Simony, este programa marcou a estreia badalada da ex-Balão Mágico Simony, grande fenômeno infantil da década de 1980. O cenário era grande, no estilo de um parque de diversões, com um carrossel. A apresentadora aparecia em cena saindo da boca de um enorme gato no fundo do palco.

Desenvolvido e dirigido pelo artista plástico e compositor Elifas Andreato, tinha como foco a preservação ambiental e a ecologia, e focava nos bons ensinamentos às crianças. Palhaço Gargalhada (Ney Abreu), Fada Cordélia (Mayara Norbin), Professor Osório (Luiz Ramalho), Mímico Charlito (Joel Rocha) e o boneco Papagaio Alvarenga (Roberto Alvarenga) compunham o elenco.

Simony comandou o show entre 1988 e 1989, saindo para comandar o Show da Simony. Para seu lugar o SBT encontrou uma adolescente loirinha chamada Mariane, que assumiu o comando até julho de 1990, quando o programa acabou.

Mariane e Simony se apresentavam também como cantoras e executaram diversas músicas que, uma pena, nunca foram lançadas em disco. Simony cantou, por exemplo, Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais; Mariane apresentou diversas faixas do álbum Canção de Todas as Crianças, de Toquinho.

Redação de Magalhães Jr e Willian Tucci. Direção-geral e Criação de Elifas Andreato. Direção-executiva de Roberto Garcia.

7. MARIANE



Encerrado o Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si, Mariane estava em ascensão e ganhou um programa com seu próprio nome. Foi feito um concurso por cartas para escolha do nome do novo programa, mas prevaleceu a simplicidade: o nome da apresentadora.

Basicamente, o programa tinha como pretexto uma competição semanal entre colégios, com gincanas e brincadeiras. Mariane deslanchou e por diversas vezes atingia a liderança de audiência batendo o Xou da Xuxa. Com sua bela voz, carisma e desenvoltura, Mariane marcou presença com seu show entre 1990 e 1991.

O programa tinha redação de Willian Tucci e direção de Flávio Carlini (às vezes creditado como Flávio A.R. Carlini).

O diretor Flávio Carlini, inclusive, deu as caras num programa especial de aniversário, apresentado direto do switcher do Sumaré, em que Mariane mostrou uma série de erros de gravação e bastidores do programa.

8. SESSÃO DESENHO NO SÍTIO DA VOVÓ



O SBT teve muitas sessões de desenhos animados, com ou sem apresentadores. Bozo e Eliana comandaram algumas versões bastante simples, que consistiam em meras "cabeças" nas quais comentavam e anunciavam os desenhos, com uma câmera fixa e cenário quase inexistente. Porém, esta versão com apresentação de Vovó Mafalda, interpretada por Valentino Guzzo, foi mais interessante.

Vovó Mafalda, órfã da família Bozo, que saíra da tela em 1991, ganhou seu próprio programa em 1994. Ambientado num sítio, a velha ficava sentada em sua cadeira de balanço, na varanda, e conversava com o Mixilim, um boneco que era o seu neto, manipulado por Edilson de Oliveira.

Dando bons conselhos às crianças, lendo cartinhas e ensinando brincadeiras daquelas bem típicas do interior ou de antigamente, Mafalda levava a calma, tranquilidade e simplicidade da roça para as manhãs do SBT.

No ar até 1997, foi o primeiro programa a ser gravado em estúdio no Complexo Anhanguera. Tinha direção-geral de Valentino Guzzo.

Não podemos encerrar este Top 8 sem fazer a justa homenagem e saudação a todos os diretores, redatores e produtores destes grandes sucessos. Infelizmente não conseguimos citar todos. Fazemos uma especial saudação a Luiz Afonso Mendes, diretor geral do núcleo infantil entre 1988 e 1991, responsável por 12 horas diárias da grade no período considerado o auge da programação infantil do SBT; e para Silvia Abravanel, que assumiu a direção do núcleo infantil e está à frente do sucesso de Patati Patatá, Yudi, Priscilla e Maísa.

22 de out. de 2011

Acompanhe o Teleton 2011

O SBT disponibilizou especialmente para o Teleton o sinal da emissora pela internet. Acompanhe e faça sua doação.

17 de out. de 2011

Exposição SBT 30 anos em São Paulo vai só até o dia 24


O muBA – Museu Brasileiro de Belas Artes, lançou no dia 24 de agosto, a exposição "SBT 30 anos", que reúne um acervo inédito com o melhor do arquivo de vídeos, fotos, objetos de cena e figurinos originais da emissora.

A mostra ficará em cartaz até 24 de outubro, celebrando os melhores momentos da trajetória de 30 anos de uma das maiores emissoras de televisão do país, por onde passaram e se encontram grandes ícones da TV brasileira.

Organizada pelo SBT e pelo muBA, a exposição cenográfica e multimídia é dividida em 7 ambientes: Dramaturgia, Jornalismo, Programas de auditório, Shows, Humor e Realities, Infantis e Institucional - que apresentam a trajetória da emissora fundada em 1981 por meio de programas de TV, documentos, objetos, cenários e fotografias.

A curadoria da exposição é de Levy Fioriti, pesquisador que estuda a história de Silvio Santos e a trajetória da emissora há mais de dez anos. "A gente quis fazer uma exposição que fosse interativa e com objetos originais dos programas para deixar o mais real possível", disse o curador.

EXPOSIÇÃO SBT 30 ANOS
Organização: Museu Belas Artes de São Paulo - muBA
Local: Museu Belas Artes de São Paulo - muBA - Sede
Endereço: Rua Dr. Álvaro Alvim, 76 - Vila Mariana - São Paulo - SP
Visitação: até 24/10 - segunda à sexta das 9h às 21h, sábados das 9h às 16h e fechado aos domingos e feriados
Entrada gratuita

9 de out. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 Seriados Familiares

Hoje no Top 8 apresentamos oito seriados familiares e/ou infanto-juvenis.

1 - Punky, A Levada da Breca (Punky Brewster)

O segundo seriado infanto-juvenil de mais sucesso da história do SBT (atrás de Chaves e Chapolin) teve apenas suas duas primeiras temporadas, produzidas pela NBC, exibidas pela emissora entre 1986 e 2002, com versão brasileira Maga, dublada nos estúdios da própria TVS. A história da garota Penélope "Punky" Brewster (Soleil Moon Frye) abandonada por seus pais que encontra um velho rabugento (George Gaynes) de grande coração comoveu crianças de todo o país que desejavam ter um cão labrador, uma amiga inteligente, um atrapalhado e outra esnobe, vestir uma roupa colorida e juntar a todos e os levar para a casa da árvore. O SBT também exibiu com muito sucesso o desenho animado inspirado na série.
Para os brasileiros, a série começa com Punky conhecendo o velho Artur (no original, Henry) e Artur conseguindo sua custódia temporária; termina com uma saga de cinco capítulos nos quais Punky é tirada de Artur, mas no final ele conquista a guarda definitiva da menina. As duas temporadas seguintes são inéditas no Brasil foram produzidas pela Columbia (que na época pertencia à Coca-Cola), após o cancelamento da série pela NBC, e mostram aventuras da Punky já pré-adolescente. A série fazia parte do pacote de produções da NBC que o SBT adquiriu, do qual também se destacaram Miami Vice e Esquadrão Classe A. A Band adquiriu recentemente os direitos das duas primeiras temporadas do seriado mas o redublou, causando rejeição do público. (Lançado em DVD nos EUA)

2 - Blossom

A garota interpretada por Mayim Bialik que passou da pré-adolescência para a fase adulta em frente as câmeras se aproximou dos telespectadores com seus dilemas da juventude e sua turbulenta adolescência. Seu irmão mais novo nada inteligente (com seu bordão "uou"), sua melhor amiga de palavras e pensamentos rápidos e seu irmão mais velho descolado e conselheiro pareciam estar dentro das casas dos telespectadores entre 1997 e 2004. Seu pai músico boêmio e seu avô baderneiro também levavam o público aos risos!
Nos Estados Unidos, as 5 temporadas foram exibidas entre 1991 e 1995 pela NBC. A série chegou aqui pela Buena Vista, distribuidora pertencente à Disney. (Primeira e segunda temporadas foram lançadas em DVD)

3 - Três é Demais (Full House)

Full House Intro por HatakTRAILERS
A casa cheia de gente foi palco de uma divertida série em que Danny, um jovem pai viúvo, conta com a ajuda do cunhado roqueiro Jesse e de um amigo comediante, Joey, cuida das três filhas, DJ, Stephanie e Michelle, e lida com seus diferentes problemas de vida. Com o tempo, novos personagens são introduzidos, como a desagradável vizinha Kimmy e a namorada e futura esposa de Jesse, Rebecca.
A série marca a estréia das famosas gêmeas Olsen, que se revezavam na gravação da personagem Michelle. O bordão de Stephanie (Jodie Sweetin) "How rude" (Que grosseria!) virou mania dentre os telespectadores. O ator Bob Saget, que interpretava o patricarca Danny Tanner, foi apresentador da versão americana de 1 Contra 100.
O SBT exibiu o seriado entre 1999 e 2005, que fazia parte do pacote de atrações da Warner. Nos Estados Unidos, as 8 temporadas foram produzidas entre 1987 e 1995 e exibidas pela ABC. (Lançado em DVD nos EUA)

4 - Um Maluco no Pedaço (The Fresh Prince of Bel Air)

Will Smith chegou ao estrelato com o seriado que mostrava a contrastante diferença de classes sociais nos Estados Unidos, entre um morador do Bronx (bairro da periferia de Nova Iorque) e uma família nobre de uma cidade do interior. Seus severos tios, sua fútil irmã e seu atrapalhado primo além do inteligente mordomo completam a saga do novo morador de Bel Air.
O SBT, entre 1999 e 2011, exibiu as 6 temporadas da série, produzidas entre 1990 e 1996 pela NBC. (Uma coletânea foi lançada em DVD no Brasil)

5 - O Elo Perdido (The Land of The Lost)

A inacreditável (e um tanto inverossímil) saga da família que sai para um piquenique e embarca numa cachoeira para outro mundo, foi apresentada pelo SBT entre 1981 e 1988. Com seus efeitos especiais dignos dos anos 70, animação stop-motion e abuso de cromakey, as crianças se divertiam principalmente com as tiradas do monstrinho Chacka, que tornou-se amigo dos irmãos Will e Holly e seu tio Rick.
Nos Estados Unidos esta série de baixo orçamento e muita ficção fora produzida entre 1974 e 1977, em três temporadas, exibidas nas manhãs de sábado da NBC, horário tradicionalmente destinado à programação infantil. (Disponível em DVD no Brasil, mas infelizmente com uma nova dublagem)

6 - Clube do Mickey (Mickey Mouse's Club)

O programa educativo apresentava desenhos e adolescentes comandavam atrações como curiosidades científicas e investigações de reportagens de jornais e revistas. O SBT exibiu entre 1981 e 1985 a versão produzida pelos estúdios Disney nos EUA entre 1972 e 1977. Este programa é lendário na TV americana e teve diversas versões desde os anos 50. A última, na década de 1990, tinha como co-apresentadores estrelas teen como Justin Timberlake e Britney Spears. (Não disponível em DVD)

7 - As Visões da Raven (That's so Raven)

As confusões da adolescente paranormal que prevê o futuro,interpretada por Raven-Symoné, vão além das trapalhadas causadas por seu enorme coração e sua vontade de fazer o bem. Com a ajuda da amiga Chelsea e do colega Eddie, Raven ainda lida com o atrapalhado irmão Cory.
O SBT exibe a série desde 2009. Nos Estados Unidos teve 4 temporadas entre 2003 e 2007, produzidas pela Disney e exibidas pela ABC. (Disponível em DVD)

8 - Miss Banana (Going Bananas)
Um orangotango fêmea escapa do caminhão do zoológico e acaba sendo adotada pela família Cole. Roxana ganha superpoderes e ajuda a todos da família com seus problemas do dia a dia. Originalmente a série teve 1 temporada produzida em 1984 pelos estúdios Hanna-Barbera e exibida pelo SBT em 1995. (Não disponível em DVD)

2 de out. de 2011

SBT 30 anos - Top 8 Seriados Adultos

8 - Família Soprano (2000-2003 e 2010)

Um dos seriados mais premiados da história da TV, Família Soprano teve seu nome destacado nas transmissões do SBT; A história girava em torno do mafioso Tony Soprano (James Gandolfini) que pra conseguir conciliar o comando da sua família e dos negócios sujos ele ia se consultar com a sua psicóloga, a Dra Jennifer Melfi (Lorraine Bracco). A série teve 6 temporadas estreou aqui no Brasil em 6 de dezembro de 2000, depois do Topa Tudo Por Dinheiro, permanecendo no ar por 3 anos e no ano passado, o SBT voltou a transmitir o seriado a partir da última temporada, que nos EUA foi em 2007.

7 - A Super Máquina (1982-1986)

A história moderna de um justiceiro, Michael Knight (David Hasselholf) que tinha como arma o seu carro, KITT (Pontiac Firebird) totalmente equipado com a melhor tecnologia da época (ele até conversava com o seu dono e piloto) para derrotar bandidos, era assim a história da A Super Máquina, sucesso absoluto do SBT nos anos 80, principalmente com a garotada; A empresa Glasslite se aproveitou e conseguiu a licenciatura de uma série de brinquedos do seriado, com destaque para o carro do programa, que foi hit de vendas na época.
O galã da série, David Hasselholf veio até o Brasil pra ser entrevistado por Gugu Liberato, no programa Viva a Noite direto das Cataratas do Iguaçu em 1986, pra divulgar a última temporada. Em 1984 venceu o Troféu Imprensa de Melhor Seriado da TV.

6 - O Super Herói Americano (1983-1984)

Um professor de alunos especiais, Raplh Hinkley (William Katt) recebe um presente de extraterrestres, uma capa de super herói com poderes fantásticos, mas só que ele perde o manual de instruções, com isso ele vai defender o mundo com o que sabe, sempre causando muitas confusões. Sucesso dos primórdios do SBT, a série se destacava pelo jeito atrapalhado do professor Ralph e o épico tema de abertura, a balada romântica Believe or Not, sucesso de Joey Scabury, que fez da música seu único hit, mas que ficou milionário com ele.

5 - Starman, o Homem das Estrelas (1988-1989)

Um alienígena humanóide se possui de um corpo de um fotógrafo morto, Paul Forrest ( Robert Hays) para ajudar o filho dele, Scott (Christopher Daniel Barnes) a encontrar a mãe desaparecida, a artista Jenny Harden, mas o agente da FBI Fox (Michel Cavanaugh)vai tentar impedi-los. Sucesso das noites de segunda no SBT, Starman foi oriundo do filme homônimo, de 1984, que ganhou vários Oscars e teve fama também na telinha.

4 - Esquadrão Classe A (1984-1986)

Uma equipe de ex combatentes da Guerra do Vietnã, trabalham como mercenários em busca de “serviços” como capturar policias corruptos, resgate, proteção entre outros,pra eles executarem em modos nada convencionais que eles aprenderam na Guerra.
Mistura de comédia com ação, a série foi um dos maiores sucessos da emissora, sempre transmitido ás sextas-feiras de noite, com destaque para dois integrantes da Equipe A, o malucão Coronel Hannibal (George Peppard) e do truculento B.A Baracus (Mr T), que fazia muita fama com a criançada pelo seu estilo brucutu mas agindo como um herói de quadrinhos.Sucesso da emissora nos anos 80, o Esquadrão também teve uma linha de brinquedos licenciados aqui no Brasil pela Glasslite. E venceu o Troféu Imprensa de melhor seriado da TV em 1985.

3 - O Homem que Veio do Céu (1985-1987)

Jonathan Smith (Michael Landon) é um anjo enviado por Deus para a Terra para ajudar as pessoas envolvidas em vários problemas, e nessa empreitada ele conta com a ajuda do seu parceiro, os ex policial Mark Gordon (Victor French). Com um tema bem dramático, a série foi um dos maiores sucessos da rede americana NBC, e foi vendido para diversos países, e a aceitação do público brasileiro foi imediato. O Homem que veio ao Céu brilhou tanto no SBT que foi indicado por 2 vezes ao Troféu Imprensa, em 1985 e 86.

2 - Miami Vice (1986-1990)

Dois policiais charmosos mas truculentos, James Crockett (Don Johnson) e Ricardo Tubbs (Phillip Michael Thomas) lutam contra traficantes e bandidos graúdos de Miami e também aproveitam o clima quente da cidade para praticar esportes e conquistar lindas mulheres.
O seriado fez muito sucesso aqui no Brasil, principalmente com a ala masculina, que se viam no estilo rústico, mas ao mesmo tempo sofisticado dos policiais, Don Johnson fez tanto sucesso que conquistou nada mais nada menos que a mítica cantora Barbra Streisand, e ficaram casados por muitos anos.Como resultado desse sucesso, a série ganhou 2 Troféus Imprensa como seriado do ano em 1986 e 1987. Na emissora de Silvio Santos a série foi exibida até 1990, quando a Globo conseguiu comprar por uma bagatela milionária os direitos da série.

1 - Pássaros Feridos (1985,1987,1990 e 2000)

A grande sacada de Silvio Santos em questão de séries para o SBT, em 1985 a Globo transmitia a novela de maior audiência de todos os tempos, Roque Santeiro e na novela tinha um começo de romance entre o Padre Albano (Claudio Cavalcanti) e Tânia (Lidia Brondi), mas era tudo efêmero; O animador comprou um grande sucesso dos EUA, e anunciou no Show de Calouros antes da estréia “Nessa série vocês vão ver finalmente o verdadeiro romance de um padre com uma moça, logo após a novela das 8 da Globo”. Com esse marketing eficiente, ficou tudo fácil para o SBT mostrar a história de um padre Ralph de Bricassart (Richard Chamberlain) que ficava em dúvida se ficava com a fazendeira Maggie (Rachel Ward) ou conquistava o sonho de ser cardeal. Com 4 capítulos, a série derrubou a Globo, numa vitória histórica para o SBT, acachapantes médias de 45 pontos por noite.
O sucesso fez com que Pássaros Feridos fosse reprisado diversas vezes, a última em 2000, sempre com grande êxito, grande parte do sucesso foi graças ao ator Richard Chamberlain, que fez muito sucesso no Brasil com Dr Kildare, exibido na Excelsior nos anos 60, que fez um padre sedutor, inteligente e ambicioso, e também com boas doses de cenas de sexo entre o padre e sua amada, a fazendeira Maggie.

por Jorge Monteiro
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